“Desde que sejam preservados os direitos garantidos das pessoas que trouxeram o Hospital Regional nas costas até os dias de hoje “, marcou o pronunciamento do presidente da Câmara de Coxim, William Meira (PSDB), sobre a reforma administrativa/concurso público e fim do “cabide de empregos” da FESP (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal), o Hospital Regional Álvaro Fontoura.
O discurso do vereador, na última sessão ordinária (08/02), defende a instauração do primeiro concurso público do Hospital Regional de Coxim. Segundo Meira, esse é o caminho que vai de encontro com o acordo firmado, por meio de uma ação civil pública, movida pelo (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), com a FESP e Prefeitura Municipal, na Audiência Pública realizada dia 8 de julho de 2021.
“Sou totalmente a favor do concurso público e do processo gradual de chamada, respeitando as leis federais que regem o concurso público de maneira objetiva e impessoal. Que seja implantado uma lei municipal viabilizando um plano sólido de cargos e carreiras aos funcionários concursados e realizada a substituição gradual dos funcionários convocados por efetivos de acordo com as leis que regem o processo de seleção”, disse William.
William Meira reforçou que está acompanhando de perto todo esse processo participando de reuniões recorrentes.
“Me reuni com o secretário de Saúde, Flávio Dias, e o diretor do Hospital Regional, Devanir Júnior, para cobrar uma ação efetiva para atender o acordo que foi firmado entre município, FESP e o Ministério Público”, disse.
Saiba Mais
Em 2017, o MP começou a investigar a situação do Hospital e, em maio de 2021, acionou a Justiça pelo não cumprimento, por parte da Fundação, de outro acordo, que previa a realização de concurso público entre 2019 e 2020. O local, segundo o órgão ministerial, é usado para contratação de apadrinhados políticos.
Além de ser apontado como “cabide de emprego” pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a ação também cita dívida de aproximadamente R$ 10 milhões, cheques devolvidos, irregularidades no controle do almoxarifado e intempestividade na conciliação contábil, apontadas em auditoria realizada em 2019.
Por conta disso, foi convocada uma Audiência Pública ano passado (2021) onde ficou acertado acordo entre Prefeitura, MP e Hospital Regional, para sanar esses problemas e dar início ao processo de concurso público. (leia mais na matéria)